Doenças do colon, recto e ânus
Aparelho digestivo e hérnias
Anuscopia e rectoscopia
Cirurgia com ou sem internamento.
Crises Hemorroidárias
Prolapsos Hemorroidários
Tromboses Hemorroidárias
Hemorragias Anais
Dor Anal Aguda
Medidas preventivas
Tratamento médico ou instrumental (esclerose/ligadura elástica)
Cirurgia moderna - operação de Longo (hemorroidopexia)
Cirurgia a laser
Regularização do trânsito intestinal (dieta rica em fibras e água, evitar álcool e picantes)
Banhos de assento com água morna
Evitar esforços defecatórios excessivos
Combater o sedentarismo
Evitar posição sentada contínua
Medicação
Quando o tratamento médico não resulta estas técnicas permitem atrasar a evolução do processo por algum tempo embora não curem definitivamente a doença hemorroidária.
São técnicas simples, sem necessidade de anestesia, e realizadas no consultório.
A injeção a nível da submucosa do ânus duma solução esclerosante a 0.5% produz uma fibrose que leva a uma fixação da mucosa aos planos profundos assim como a uma diminuição da vascularização local, com respectiva diminuição do prolapso e da hemorragia.
Está indicada apenas em hemorroidas internas de pequeno tamanho e hemorrágicas. Está conta indicada na crise hemorroidária.
Esta técnica consiste na introdução dum anel elástico na base da hemorroida, acima da linha pectínea, de modo a produzir um estrangulamento com consequente necrose da hemorroida. Forma - se assim uma pequena úlcera, localmente, cuja cicatrização conduz à fixação da mucosa aos planos profundos.
A aplicação do anel é feita com um aparelho especial que se introduz pelo anuscopio. Esta técnica está indicada em hemorroidas internas grau 2 e algumas de grau 3, sem componente externo importante.
Por muitos erradamente considerada uma “cirurgia minor”, não é isenta de riscos ou complicações graves, sobretudo quando realizada por cirurgiões sem experiência reconhecida nesta área.
A Cirurgia Proctológica há já muitos anos que é considerada no estrangeiro como uma sub - especialidade da Cirurgia Geral, (integrando a Coloproctologia) o que mostra bem a importância que nesses países se dá á diferenciação cirúrgica.
O sucesso duma cirurgia às hemorróidas (como em qualquer outra patologia) depende principalmente da experiência do cirurgião nesse tipo de cirurgia, independentemente dela ser feita em regime de internamento ou em ambulatório ou sob anestesia geral ou local.
Hoje em dia grande parte da cirurgia hemorroidária, e proctológica em geral, pode ser feita em ambulatório,desde que se selecionem bem os casos e o doente esteja de acordo.
O aparecimento recente duma nova técnica cirúrgica - PPH TÉCNICA DE LONGO - veio definitivamente revolucionar o tratamento da doença hemorroidária,tornando o pós-operatório muito menos doloroso e sem necessidade de recorrer a pensos, contudo esta técnica não está indicada para todos os doentes como veremos à frente, e só deve ser efectuada por cirurgiões muito treinados e familiarizados com a técnica.
Falência do tratamento médico ou instrumental
Existência de lesões anais associadas (fissura anal, condiloma)
Hemorragia
Prolapso
Tromboses de repetição
Hemorroidectomia de Milligan-Morgan
Hemorroidopexia - PPH (Técnica de Longo)
Contraindicação de ordem anestésica
Alterações graves da coagulação
Perturbações da continência anal
Doença de Crohn
Imunossupressão
Jejum 7 horas antes da cirurgia
Proceder à limpeza do canal anal com microclisteres (Microlax - 2 unidades de manhã cedo)
No caso de estar a fazer medicação (hipertensão, diabetes, anticoagulantes...) seguir as instruções dadas pelo seu médico na consulta pré-operatória
Informar o seu médico de qualquer alteração que ocorra após a consulta pré-operatória
Levar exames analíticos e electrocardiograma
Caso vá ser operado em regime ambulatório levar alguém que o acompanhe no regresso a casa
Na cirurgia com internamento este não será, em princípio, superior a 24 horas
Medicação analgésica e anti-inflamatória
Fazer banhos de assento
Regularizar o trânsito intestinal
Vigiar cicatrização da ferida operatória regularmente
Despistar e tratar possíveis complicações: retenção urinária, abcesso, estenose, fecaloma, fissura, ...
Consiste na exérese de 3 pedículos hemorroidários com conservação de 3 pontes cutâneo-mucosas de cerca 1cm de modo a evitar o aparecimento de estenose anal.
A ferida operatória fica aberta e a cicatrização faz-se por segunda intenção num período de 6 – 8 semanas.
É considerada uma técnica aberta ao contrário da HEMORROIDECTOMIA DE FERGUSON em que se procede ao encerramento da ferida operatória no fim da cirurgia.
Consiste na destruição do tecido hemorroidário através da aplicação do laser.
É uma técnica muito recente (laser intrahemorroidário) que pode dar bons resultados em doentes bem selecionados.
O Dr. António Araujo Teixeira foi o cirurgião “pioneiro" desta técnica na Cuf Porto em Dezembro de 2016.
O tratamento cirúrgico da doença hemorroidária por redução do prolapso mucoso anal mediante a utilização de um agrafador circular é uma técnica original que foi concebida em 1995 por um cirurgião italiano - Dr. Antonio Longo , Serviço de Cirurgia da Universidade de Palermo.
Após algum cepticismo inicial em relação a esta abordagem não convencional, centenas de cirurgiões treinados aplicam actualmente esta técnica pelo mundo fora.
Durante o mesmo ano, o Dr. Longo apresentou a ideia de reduzir o prolapso da mucosa rectal utilizando este mesmo agrafador circular, proposta esta que tem sido bem recebida e tem dado resultados muito encorajadores no tratamento do prolapso rectal e rectocelo.
A técnica está indicada no prolapso hemorroidário dos graus II, III e IV. Está contra indicada nos casos de prolapso apenas de uma hemorroida e nos casos de prolapso de grau IV, quando a anoderme não tem a suavidade suficiente para poder ser reduzida no canal anal,devido a fibrose.
A operação pode ser efectuada com anestesia geral, local ou loco - regional,quer em regime de internamento ou de ambulatório conforme as condições do doente.
consiste na laqueação das artérias hemorroidarias guiada por doppler associada a uma pexia das hemorroidas.
É talvez a técnica menos utilizada devido á sua complexidade e tempo de execução , não sendo tão eficaz na redução do prolapso.
Regularização do trânsito intestinal - ingestão de fibras, água, uso de laxantes
Pomadas anestésicas e cicatrizantes – vitamina A+D, óxido de zinco, entre outros
Higiene local – banhos de assento
Injeções locais:
- produtos esclerosantes
- toxina botulínica
A técnica mais vezes utilizada é a Esfincterotomia lateral interna que, produzindo um alívio imediato da dor, leva a uma cicatrização da fissura em duas semanas sem grande desconforto no pós – operatório.
A técnica é geralmente realizada sob anestesia geral,em regime de internamento ou ambulatório.
A sua taxa de sucesso ronda os 98%, quando correctamente realizada, sendo contudo de referir a possibilidade de surgir, em alguns casos, uma incontinência ligeira, sobretudo para gases, que pode ir até aos 20% e é geralmente passageira.
Outras complicações raras mas possíveis são o aparecimento de hematoma,abcesso ou hemorragia pós-operatória
Fissura crónica
Fissura recidivada
Fissura complicada de abcesso, fístula ou estenose
Esfincterotomia - consiste na seção parcial das fibras do esfincter interno diminuindo assim a sua hipertonicidade
Fissurectomia - consiste na exérese da fissura podendo ou não ser associada à esfincterotomia
Anuplastia - consiste em fazer uma plastia, à custa da mucosa anal, após a fissurectomia
O tratamento do abcesso e fístula anal é exclusivamente cirúrgico e deve ser realizado o mais precocemente possível para evitar o aparecimento de complicações graves como infeção generalizada (septicemia). O uso de antibióticos por si só não resolve a situação e é um erro grave que apenas leva a um atraso da cirurgia.
O abcesso anal depois de diagnosticado constitui uma urgência cirúrgica. O seu tratamento consiste na incisão e adequada drenagem, sob anestesia geral.
O tratamento da fístula anal é cirúrgico e tem 2 objectivos:
Tratar a fístula evitando a sua recidiva
Preservar a continência anal respeitando a integridade do esfincter anal
A cirurgia a realizar depende da localização da fístula e da sua relação com o aparelho esfincteriano.
Nas fístulas complexas, que apanham muito músculo, pode ser necessário realizar a cirurgia em 2 tempos operatórios e proceder à colocação de sedas (setons) de modo a seccionar lentamente o esfincter anal, evitando assim uma situação de incontinência anal.
As técnicas cirúrgicas mais utilizadas são:
Fistulotomia – abertura e curetagem do trajecto fistuloso
Fistulectomia – exérese do trajecto fistuloso
hemorragia: 1,2%
incontinência para gazes: 11%
defeito da cicatriz: 6%
recidiva: percentagem variável dependendo do tipo de fístula
antibioterapia
realização de pensos diariamente
vigilância da ferida operatória pelo cirurgião até à sua cicatrização completa
É considerado uma urgência cirúrgica.
Deve ser drenado sob anestesia local ou geral e vigiado no pós operatório.
Deve-se proceder à sua exérese cirúrgica com remoção não só do quisto mas também de todos os trajectos secundários.
A ferida operatória poderá ou não ser encerrada de imediato optando-se, na maioria dos casos, pela cicatrização por segunda intenção.
O doente deverá realizar pensos diários até à cicatrização completa da ferida.
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